quarta-feira, dezembro 27, 2006

O Ébano e o Marfim

Se esses funkeiros de merda - seus "bondes" e suas "cachorras" - carregam um mínimo de dignidade (o que me é muito custoso acreditar), deverão passar esse fim de ano no mais profundo luto. A morte de James Brown rouba da cena artística um dos expoentes da musicalidade negra. O homem de "Sex Machine". O cara que redesenhou a pegada dançante do Black e seus metais. Eu ouvia o Brown na adolescência junto a Isaac Hayes e Barry White. Meus caminhos na música me afastaram do "Furacão Negro" (que inspirou aqui no Brasil o Tony Tornando, lembram?).
Esses dias me deparo com a triste notícia. Que fim de ano nefando para a boa música. Primeiro, Sivuca. Agora o Brown. O primeiro, branco como a neve, num país sem neve... O segundo negro como a noite africana num pais cheio de frios...Diferentes mas iguais na morte e no reconhecimento da parcela consciente da humanidade (essa que diminui a cada ano). Com a licença do Paul McCartney e do Stevie Wonder: "Ebony and Ivory
live together in perfect harmony"... ... in heaven

Nenhum comentário: