terça-feira, janeiro 30, 2007

Souvenirs

E cá estou eu, de volta ao porto depois de uma longa permanência na enseada de origem. Na mala alguns souvenirs... São eles

O Bond já não é mais BoMd...

Vi um ou dois filmes na "tela grande". Mas o "007 - Casino Royale" foi foda...
Não sei quem foi o cretino que teve a idéia. Quando o Sean Connery se aposentou do papel do agente inglês com carta branca para matar, o mundo quase põe luto. Quem conseguiria igualar o charme natural do ator escocês? Parecia que o James Bond já era... Até o Roger Moore vestir a carapuça, digo o "smoking". Chegou e fez bonito durante anos. Aí foi a vez do Moor
e pendurar a chuteira, digo, o sapato Gucci. Pronto. Agora terminou mesmo. E parecia que sim. Depois do trapalhão do Thimoty Dalton, nada a se esperar. Aí aparece o Pierce Brosnan. Dava pro gasto sim, Mister. Mas o cara sumiu dos corredores sombrios da espionagem "grand monde" depois de alguns metros de fita. Agora me cai o tal do Daniel Craig. Pelos dentes de aço de Jaws, o gajo parece um orangotango. Precisa lembrar o personagem? A indiscutível elegância do agente, o ar blasè com que encara as vicissitudes promovidas pelos vilões mais ímpares do planeta? O Craig, me perdoe, é tão sedutor quanto um rinoceronte com artrose. Ficaria muito bem como o sucessor de algum parrudo de Hollywood. E foram fundo pra detonar o 007. A discreta e letal pistola Whalter PPK foi substituida por um canhão pra matar dinossauros, a lembrar o Dirty Harry. A vodka-martini (batido, não mexido) foi trocada por qualquer coisa batizada (no fim do filme tem uma referência, "en pasant"). E as mocinhas pareciam um festival de Paquitas. Saudades da Barbara Bach. Enfim, me parece que os vilões se reuniram em uma sinistra confraria e conseguiram, finalmente, apagar o Bond.

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Roberto Carlos, p/ Paulo César Araújo

Já tinha anunciado aqui que ia ler o dito. O nome do autor e a envergadura do cantor/compositor não deixava margem pra fuga. Devorei a obra em poucos dias. O Paulo reafirma a competência que esbanjou em "Eu Não Sou Cachorro Não: Música cafona e ditadura militar". E as peripécias do Roberto simplesmente envolvem. Se por um lado você chega perto de picar o livro quando mergulha na esperada alegria inconseqüente da Jovem Guarda (não quero dizer "alienada"), por outro você termina comprando as dores do super-astro. Como disse antes, o Roberto é uma figura que não pode ser ignorada. Resultado: vou deixar um tempinho pra ouvir (depois de anos) alguma coisa do "Cabeludo". Mas nada de sua fase "apostólica". Aí meu amigo(a), nem mil Paulos César Araújo me conseguiriam convencer.

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Ai, minhas costas...

O que mais saco da bagagem? O último souvenir? A PORRA DE UMA LOMBALGIA QUE ME DEIXOU OS ÚLTIMOS 10 DIAS ENTREVADO SEM PODER ANDAR DIREITO. O cara vai ficando velho e toda merda aparece... Fui pegar num pesinho de nada (um botijão de 20 litros de água mineral) e ... pronto... Taí a merda. Minha primeira semana as margens do Açude Grande dedico a fisioterapia pra ver se não desando precoce pra begala.


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