sexta-feira, abril 13, 2007

A Cor e a Forma dos Opostos


É de se ter cuidado com as apelações pra não desbundar em pieguice... Mas a montagem que se segue cala fundo. Pra onde segue o mundo? Se tão consciente dos descalabros, o que faz do nosso sono tão profundo e tépido? Com a palavra o poeta






Ó miséria humana
Que te alimentas do ódio
És dor que racha o peito
Daquele que mergulha no lodo
Para salvar o irmão do ópio.

Ó miséria humana
Que te alimentas do terror
És dor que despedaça a alma
Daquele que procura
A Luz, o Caminho e o Amor.

Ó miséria humana
Que te alimentas da ignorância
És dor profunda
Daquele que já transpôs
Os meandros da ilusão
E se transfigurou
Numa Luz em abundância.

Ó miséria humana
Que te alimentas da separação
Não existe uma razão
Para que tu me faças sofrer,
Pois o tu e o eu não existe
Só o Uno consiste
Para lá do ter.

Ó miséria humana...
Espero que um dia
Possas vir morrer á fome.

(Miséria Humana - Jorge Moreira)

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