segunda-feira, janeiro 26, 2009

Tarde, sol indo... em paz

Tudo parece normal... os telefonemas confirmam, vozes alhures, que tudo se encontra nos trilhos, dentro do suportavel. Ao micro, recebo mails, converso em tempo real com outros a quem dedico estima. O winamp contribui com o som sofisticado de Guinga. No forno uns fiapos de carne-de-sol a dar gosto às verduras e ao arroz branco (olha o peso, olha a balança) que serão consumidos de frente às peripécias do Nicholas Cage abalando (espero)no filme "Perigo em Bangkog", mais tarde. Inquieto, formato pra imprimir mais um e-book, santa net, divina economia. "A Sombra do Vento" do espanhol Carlos Ruiz Zafón. Mal vejo a hora de mergulhar na Barcelona da primeira metade do século. A tarde segue em agonia, eu numa paz de dar medo...
E Guinga continua

Enlace o meu silêncio
E valse a valsa avessa
Que te fiz em pranto.

É valsa em si contrária.
Só pisando em falso
Se pressente o chão.

A música ilusória
Quase te atravessa
Sem você dar conta.

E tanta antimatéria
Sem querer se apossa
Do seu coração.

Esqueça o tempo então
E valse um sentimento
Por dentro a valsa esquece o som
Extemporânea
Imaginária
Etérea como o amor
Até quem sabe o Grande Amor!
Amor que vem na valsa
Mas que só se confessa
Quando a valsa cessa
Amor.

Abrace o precipício
E valse a valsa imersa
Num silêncio insano.
É valsa involuntária
mansa em seu ofício
de soar em vão.
Canção desnecessária
Quase sempre acessa
Seu fundo oceano.

Se você perde o senso
Nasce na memória
Súbito salão.
Esqueça o tempo então
E valse um sentimento
Por dentro a valsa esquece o som
Extemporânea
Imaginária
Etérea como o amor
Até quem sabe o Grande Amor!
Amor que vem na valsa
Mas que só se confessa
Quando a valsa cessa
Amor.

A sorte está lançada
A valsa está cansada
Logo vai cessar.
No próximo compasso
Vai sumir no espaço
Vai se dissipar!

Enlace o universo
E valse a valsa imensa
Que te fiz sonhando.
Por mais que não pareça
nessa valsa avessa
Pulsa um coração.

("Canção Desnecessária", Guinga)


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