


O destaque é indubitavelmente as performances do Chris Rock. Além do desempenho do moço (que conhecemos de vários filmes), o texto que ele desenrola no palco é soberbo, tanto em um show quanto no outro.
O Rowan Atkinson, o famigerado Mr. Bean, vem com todas as sutilezas do humor britânico temperadas por um espetáculo de mímica. O lance é que aqui ele fala, em contraponto com o silêncio engraçado do Mr. Bean (personagem que não está presente nesta mostra). O Eddie Murphy (outro que nos chegou via telona), esse é escrachado. O texto é temperado com uma carga de palavrões e xingamentos a deixar corado o Costinha. Mas tudo com inteligência e bom gosto. É de se notar que o Eddie é um imitador de mãos cheias e um ator que encarna em cena os mais diversos personagens. O foda são as legendas. Como ele dispara o texto como uma metralhadora, os olhos ficam cansados de seguir a legenda. Enquanto nosso inglês ainda engancha na tradução de "Imagine", é o jeito se aguentar com as ditas.
Já o Fernando Rocha nos apresenta outro dilema: o português de portugal. Temos de abrir as "oiças" para o idioma de Cabral & Camões, atentos o tempo inteiro aos seus nuances muito próprios. Nada de grave pois que com 10 minutos você já é o próprio Carlos do Carmo.
Uma tarde-noite fantástica em minha "cela de monge high tech". Se rir faz bem a alma, quero crer que a minha está abastecida pelas próximas décadas.
ps - deixo pra hoje os dois shows do Monty Python... se os assistisse ontem com certeza sofreria uma síncope. Esses já ví a muitos anos atras. O Papa e Michelangelo e os juizes gays do Supremo Tribunal Inglês SÃO QUADROS IMPAGÁVEIS.
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